terça-feira, 2 de outubro de 2018

O tear do tempo



O Tear do tempo 
Autor desconhecido.

A vida do homem é urdida no tear do tempo
Em um padrão que ele nem mesmo vê,
Enquanto os tecelões trabalham e as lançadeiras 
Voam até a aurora da eternidade.

Algumas lançadeiras sustentam fios de prata
Enquanto em outras deslizam fios de ouro,
Embora muitas vezes os matizes mais escuros 
Sejam tudo o que se possa ver. 

Mas os tecelões observam com olho hábil 
Cada lançadeira corre de cá para lá,
E veem o padrão surgir tão destramente
No momento lento e certo do tear.

É Deus decerto quem planeja a trama:
Cada fio, o escuro e o claro, 
É escolhido por Sua habilidade mestra
E colocado na urdidura com esmero.

Ele, que só lhes conhece a beleza,
Guia as lançadeiras em que passam
Tanto os fios menos atraentes
Como os do mais puro ouro. 

Só quando cada tear houver silenciado
E a lançadeira deixar de deslizar, 
Deus irá revelar a trama
E a cada um explicar o porquê

De os fios escuros serem necessários 
Na hábil mão do tecelão 
Tanto quanto os de ouro e prata
Para a trama que Ele planejou.





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